INCIDÊNCIA DE CASOS DE PARALISIA CEREBRAL NO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL – SRFIS

Carolina Rauber Alves, Kênia Cândido Dagostin, Rafael Kniphoff da Silva, Angela Cristina Ferreira da Silva, Mariana Gervazoni, Daiana Klein Weber Carissimi

Resumo


INTRODUÇÃO: A motivação do estudo se deu em função do alto número de pacientes portadores de Paralisia Cerebral, acolhidos nas triagens durante a atividade como bolsistas de Enfermagem no Serviço de Reabilitação Física – Nível Intermediário (SRFis – UNISC). Paralisia Cerebral é definida como um transtorno do sistema nervoso levando a alteração do tônus muscular, postura e movimento. É acompanhada, frequentemente, por distúrbios da sensação, percepção, cognição, comunicação, comportamento e por epilepsia. OBJETIVOS: Analisar a incidência de casos de pacientes com Paralisia Cerebral (PC) triados pelo SRFis – UNISC e verificar os fatores relacionados a esta incidência. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo coletado no Serviço de Reabilitação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, no período de cinco (5) meses (Janeiro à Maio de 2016). Foram analisados duzentos e dezenove prontuários eletrônicos (219) de pacientes encaminhados por suas respectivas Secretarias de Saúde para triagem no SRFis. Os dados foram coletados do Sistema Integrado de Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul. RESULTADOS: O total geral de triagens realizadas no período supracitado foi de duzentos e dezenove (219). Entretanto, pacientes portadores de Paralisia Cerebral totalizaram quarenta e dois (42) casos, (correspondendo 19,8% do total geral). Sendo vinte e oito (28) pacientes do sexo masculino, que correspondem a 66,7% e quatorze (14) do sexo feminino totalizando 33,3% dos casos de PC. A idade média dos pacientes é de 14,8 anos de idade, sendo que a faixa etária varia de um (1) ano à quarenta e um (41) anos. CONCLUSÃO: No Brasil, estima-se que a cada 1.000 crianças nascidas vivas, sete são portadoras de PC. Os dados indicam cerca de 30.000 a 40.000 novos casos por ano. Porém não há estudos conclusivos a respeito. Presume-se uma incidência elevada devido à multifatorialidade pré, peri e pós natais. Pode-se citar como fatores pré-natais as infecções e parasitoses, intoxicações, radiações, traumatismos e fatores maternos. Como perinatais, os fatores maternos (idade da mãe, desproporção céfalo-pélvica, anomalias da placenta e do cordão umbilical e anestesia), fatores fetais e de parto. E ainda como causas pós-natais evidenciamos os distúrbios metabólicos, as infecções, traumatismos craniencefálicos, os processos vasculares e a desnutrição. Na bibliografia consultada não foi possível correlacionar a incidência de Paralisia Cerebral com o sexo dos pacientes. Podemos observar, durante a nossa atuação como bolsistas neste Serviço, a dificuldade em obter informações dos cuidadores quanto ao histórico completo dos pacientes atendidos. Acredita-se que tal fato se dê pela falta de esclarecimento e informação da família e acompanhantes, pois estudos demonstram a dificuldade de compreensão e aceitação da situação pelos mesmos no momento do diagnóstico, bem como, a falta de preparo dos profissionais de saúde em revelar diagnósticos impactantes como este.

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