CONSIDERAÇÕES SOBRE A SÍNDROME DE ESGOTAMENTO PROFISSIONAL/BURNOUT
Resumo
Introdução: Situações de individualismo, competitividade, agressividade e cobranças são comuns nos ambientes de trabalho na atualidade, exigindo do trabalhador grande esforço físico e psíquico para preservar seu emprego, ultrapassando seus limites. Essa alta carga de estressores diários e cumulativos ocasionam sofrimento emocional e patologias, como a Síndrome de Burnout, que, na atualidade, é um dos tipos mais insidiosos de estresse no trabalho. Objetivo: Descrever aspectos da Síndrome de Burnout e refletir sobre práticas que visem reduzir a ocorrência da mesma no ambiente de trabalho, com o intuito de melhorar a saúde do trabalhador. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, realizado através de revisão da literatura, por meio de pesquisas em livros e artigos de periódicos em bases de dados on-line. Resultados e Discussão: O trabalho que deveria proporcionar apenas crescimento, transformação, reconhecimento e independência pessoal também é causador de insatisfação e desinteresse profissional, tornando o trabalho penoso e desencadeando alterações psíquicas que acarretam em estado de exaustão emocional, perda de interesse pelo ofício e rendimento profissional e pessoal cada vez mais baixo, podendo desencadear em burnout, que é uma síndrome psicológica resultante de etressores interpessoais crônicos no trabalho, caracterizada por: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal. Pessoas dinâmicas e que assumem papéis de liderança ou de grande responsabilidade e as idealistas ou que exigem muito de si são as mais propensas a adquirir burnout, afetando principalmente trabalhadores da área de cuidados e serviços, quando atuam diretamente com o cliente, como os profissionais da saúde, professores e policiais, pois carregam uma carga emocional muito forte ficando suscetíveis as situações de dor e sofrimento. O burnout apresenta-, portanto como uma resposta emocional às situações de estresse crônico vivenciadas no trabalho. Fica claro que é de suma importância para a saúde do trabalhador, ter um ambiente de trabalho tranquilo, onde possa desenvolver suas tarefas com segurança e reconhecimento, saúde física e psíquica e qualidade de vida e bem-estar, entretanto, para se alcançar esse padrão é preciso haver ações de prevenção, que podem ser realizadas por meio de mudanças na cultura da organização do trabalho; também é necessário estabelecer restrições relacionadas à exploração do desempenho individual, diminuição da carga e intensidade de trabalho, menor competitividade e inclusão de metas coletivas nas empresas que visem o bem-estar de cada indivíduo na organização, sendo necessárias ações integradas e articuladas entre os setores assistenciais e os de vigilância. O acompanhamento de uma equipe multiprofissional que tenha abordagem interdisciplinar e que se preocupe tanto com os aspectos psíquicos, sociais e do ambiente de trabalho é de muita importância no cuidado do trabalhador. A promoção e prevenção da saúde do trabalhador é uma tarefa complexa, que engloba capacidades e habilidades específicas, bem como políticas de saúde que possam ser colocadas em prática, assim como uma adequada infraestrutura que viabilize os projetos idealizados. Considerações Finais: É primordial, portanto, o comprometimento das empresas, do trabalhador e dos profissionais da área de saúde do trabalhador, para a prevenção e diminuição da ocorrência da síndrome do esgotamento profissional.
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