O DIZER EM SALA DE AULA: O DESENVOLVIMENTO LEITOR E A APROPRIAÇÃO DO TEXTO
Resumo
O presente resumo busca compartilhar nossas experiências, enquanto bolsistas do Subprojeto Letras Português PIBID/UNISC, envolvidas com a monitoria das turmas de sétimos anos do Ensino Fundamental da E.M.E.F. Duque de Caxias, na cidade de Santa Cruz do Sul. Com base nos estudos de Magda Soares (2001), buscamos vivências de leitura na escola em que a escolarização fosse positiva. Assim, propusemos apresentar aos alunos uma diversificada variedade de seleção de textos (gêneros, autores e obras), contribuindo para seu letramento amplo. Na busca desse objetivo, nos valemos de propostas como: pesquisas, leituras, vídeos, entrevistas, teatros, todas elas com o intuito de ajudar o aluno a gostar de ler e de escrever em sua língua materna. Trouxemos para a sala de aula as fichas poéticas, que são textos ampliados em cartonas, com imagens que necessariamente não precisam se identificar com o texto. Trata-se de um suporte cultural que oferece um primeiro contato com a literatura, para, assim, chegarmos diretamente no livro literário, incentivando a relação com o leitor, completamente diferente daquela estabelecida com um livro didático, já que a finalidade, o aspecto, a diagramação e a ilustração alteram seu perfil, que têm finalidade literária. Na sequência, como referência para nossas monitorias, decidimos, em conjunto com a professora titular, utilizar a temática “profissões” para desenvolver nossas atividades em Língua Portuguesa. Apesar de compactuarmos com a temática selecionada, acreditamos que a leitura literária não tem compromisso direto com a informação; a questão mais importante é a intenção e os objetivos da leitura e do estudo de texto, que conduzem eficazmente às práticas leitoras e aos valores próprios do ideal de leitor que se quer formar. Por isso, realizamos uma seleção poemática abordando o tema e, depois de os alunos terem explorado ludicamente o gênero, do mesmo modo como já tinham feito anteriormente, eles puderam confeccionar suas próprias fichas e expô-las oralmente para o grupo, em sala de aula. Partindo dessa proposta, começamos a fazer contação de histórias para instigar a imaginação e a criatividade dos alunos. Para isso, nos preparamos antecipadamente, lendo os textos para nos apropriarmos e envolvermos os alunos com o nosso dizer. Essa atividade resultou na produção e na leitura de textos narrativos e poéticos e contribuiu para o gosto pelo ato de ler e escrever, o que se tornaria mais difícil em atividades escolarizadas. Concluímos que repensar a forma de fazer leitura na escola e usar recursos que beneficiem e incentivem os alunos no seu aprendizado é de fundamental importância, proporcionando um maior conhecimento da nossa língua, vista de forma mais dinâmica e divertida.
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