QUANDO AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS SE CRUZAM NA SALA DE AULA

Francine Morsch, Rovan de Lima Castro, César Hamilton de Brito Góes, Susana Margarita Speroni

Resumo


O presente trabalho relata as experiências do projeto de extensão do Núcleo de Educação Básica, da Universidade de Santa Cruz do Sul: Quando as Políticas Educacionais se Cruzam na Sala de Aula: articulação, mediação ou tensão? Nele, pretende-se articular diversas instâncias institucionais do campo educacional: Secretaria Estadual de Educação- 6º CRE, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Departamento de Educação, Programa de Pós Graduação em Educação e o Núcleo de Educação Básica (NEB), em torno de um processo de formação continuada em serviço decorrente e concomitante ao processo de implementação das várias políticas educacionais que afetam a sala de aula. A construção desse percurso formativo busca o diálogo entre os indivíduos e os coletivos, entre a escola e a mantenedora representada pela coordenadoria, entre as metas e as possibilidades de concretização, os desejos e as exigências legais no sentido de promover reflexões e a construção de novos conhecimentos na busca de melhoria nos indicadores da educação. Nesse sentido, a metodologia proposta inclui, encontros presenciais, encontros regionais em duas escolas, organização de cursos específicos para dar conta das demandas emergentes e análise discursiva dos materiais produzidos no processo de elaboração/ implementação das políticas educacionais. Conforme Gandim, (1986), dar conta da percepção do planejamento dos professores, do trabalho em sala de aula, leva a duas dimensões, que respondem de maneira síncrona, aos pressupostos assinalados por Ball (2011); por um lado estão todos os componentes pedagógicos e didáticos que o professor aciona a partir do acúmulo de seu saber, por outro estão os dispositivos normativos que estruturam o campo da definição das políticas educacionais adotadas em um determinado contexto. O professor, no seu processo de prática pedagógica, dá a forma final que é a proposta de aprendizagem que está em movimento. Para acompanhamento do processo de planejamento foram selecionadas duas escolas nas quais será aplicado um roteiro geral para levantar dados sobre o planejamento e a forma como os professores o colocarão em prática. Por outro lado, foram escolhidos alguns professores, respeitando as áreas de conhecimento, para um conjunto de entrevistas individuais com o objetivo de mapear as práticas individuais de planejamento do processo pedagógico do professor. Os objetivos estão sendo alcançados através de encontros do fórum de supervisores e gestores escolar, já iniciado em 2016. O cronograma deste ano inclui encontros nos meses de maio, junho, julho, setembro, outubro, novembro e dezembro. Até o momento alcançou, em média, 110 pessoas por encontro. Os temas desenvolvidos foram: Sistema de avaliação do rendimento escolar do Rio Grande do Sul, e o Sistema de avaliação nacional da educação básica que inclui a Avaliação nacional da alfabetização e avaliação nacional de rendimento escolar. No momento seguimos as atividades em relação à elaboração do diagnóstico sobre o planejamento e a prática dos professores. Em relação ao fórum de supervisores e gestores escolar, atingimos a metade de 206 escolas que fazem parte da 6ª Coordenadoria Regional de Educação. Até o presente momento, seguimos os trabalhos quanto à atividade de diagnóstico do trabalho dos professores.

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