BIBLIOTECA VIVA: UM PROJETO DE REVITALIZAÇÃO
Resumo
O Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID-UNISC) tem como objetivo propiciar aos acadêmicos das licenciaturas vivências dentro do âmbito escolar. A partir disso, desfrutamos dessas experiências para ampliarmos nossa visão sobre a educação, para nos tornarmos profissionais mais qualificados, com uma visão mais crítica no que diz respeito à profissão de educador. Este resumo visa a apresentar as atividades de gestão realizadas na biblioteca da E.E.E.M. Santa Cruz, localizada na cidade de Santa Cruz do Sul - RS, por meio do Subprojeto de Letras Português, da Universidade de Santa Cruz do Sul, que tiveram início em 2015 e continuam progredindo no ano de 2017. O nosso Subprojeto atua desde o ano de 2014 com a modalidade de gestão de biblioteca, o que contribui para o aumento do nosso contato e da nossa parceria com as escolas. Com a possibilidade de desenvolver atividades em gestão, o nosso propósito, enquanto estudantes de Letras, é contribuir para o letramento amplo dos alunos, visto que, constantemente, os professores manifestam preocupação com os alunos que não leem, não escrevem e que demonstram dificuldades de aprendizagem, sem, entretanto, perceber a relação existente entre essas questões e o modo como as crianças experimentam o espaço da biblioteca. A autora Magda Soares, em “A escolarização da leitura infantil e juvenil”, pondera a respeito das conotações pejorativas e positivas que o termo “escolarização” pode ocasionar. Quando associado a “conhecimentos, saberes, produções culturais”, o sentido é negativo. Mas quando a expressão for relacionada à criança, o seu entendimento torna-se positivo, pois não há pré-conceito em “escolarização da criança” e em “criança escolarizada”. Contudo, na maioria dos casos, a ideia de escolarização é entendida como algo pejorativo, mas é preciso esclarecer que não existe fuga à escolarização, pois ela caracteriza uma forma de sistematização que é da própria natureza da escola. A partir do diagnóstico feito no espaço físico da biblioteca, percebemos como existem barreiras, muitas vezes colocadas pelas próprias instituições de ensino, que impedem o encontro entre livros e leitores. Portanto, ter o apoio da escola nesse projeto de revitalização foi fundamental, já que ela passou a notar a biblioteca como um espaço de formação para o letramento pleno. Perceber que a organização e a renovação vão além do espaço físico não significa apenas uma mudança estética, pois esse local não cumpre somente o papel de guardar livros. Através do projeto, notamos o quanto a biblioteca passou a fazer parte do cotidiano escolar dos discentes; é nítida a sua familiarização com o espaço, pois agora demonstram saber que ela foi preparada e pensada para eles. Neste ano, após muito desempenho e trabalho, atingimos nosso objetivo, pois a escola e toda a comunidade escolar reconhecem a importância desse espaço e ele passou a ganhar vida e sentido ao exercer seu verdadeiro papel, que é o de aproximar os alunos dos livros e incentivar a leitura, por isso, docentes-discentes-comunidade cuidam e se apropriam dele. Como mediadores desse processo, temos consciência de que essa experiência favorece nossa atuação, tornando-a mais atenta em relação a um ambiente que, para exercer sua função, requer envolvimento entre alunos, professores e livros.
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