EXPERIENCIA DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NAS ESFS

Patricia Carvalho, Natália Edinger, Rosângela Marques

Resumo


 O atual estágio de desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) exigem dos gestores e profi­ssionais da saúde, garantir a integralidade, equidade e universalidade da saúde, princípios básicos do SUS. Nesse sentido, é imprescindível a integração do ensino-serviço, que resulta no aprimoramento, integração e qualidade nos serviços prestados ao cidadão. O cuidado farmacêutico na saúde pública configura uma ação de extrema importância, resultando no uso racional de medicamento, objetivando-se a inserção do profissional farmacêutico na saúde pública. O acadêmico do curso de Farmácia, realiza um semestre de estágio em saúde coletiva, que se dá na rede básica de saúde, proporcionando ao acadêmico, o reconhecimento do território, acompanhamento de pacientes, através do reconhecimento dos territórios, de atendimentos individualizados, visitas domiciliares, garantindo a necessária informação a respeito de uso dos medicamentos, bem como o autocuidado. O estágio supervisionado por docente responsável pela disciplina, constituiu de encontros presenciais semanais na unidade de Equipe de Saúde da Família (ESF) no decorrer do segundo semestre do ano de 2017, onde foram desenvolvidas, em conjunto com os profissionais de saúde, ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivamente, tendo o medicamento como insumo essencial. Foram realizados encontros mensais com grupo de pacientes portadores de hipertensão e/ou diabetes, ou ainda outros agravos de saúde, os quais tinham interesse em participar, promovendo-se o acolhimento, a integração e informações sobre o cuidado da saúde. Foram utilizados materiais (vídeos, álbuns seriados, desenhos com linguagem acessível). Estimulou-se, através de conversas, dinâmicas de grupo, a adesão dos pacientes aos encontros na ESF, promovidos pela equipe de saúde da unidade.  Os principais resultados alcançados foram a integração entre os acadêmicos, pacientes e profissionais de saúde; a significativa troca de conhecimentos entre todos os envolvidos; a adesão dos pacientes aos encontros realizados; a melhora na compreensão dos seus agravos de saúde; um maior comprometimento com os seus tratamentos farmacológicos e não farmacológicos e, ainda, o fortalecimento do vínculo, que, certamente, aproxima os pacientes e profissionais cuidadores de sua saúde. Entretanto, constatou-se a grande dificuldade por parte dos pacientes, na utilização, armazenamento dos seus medicamentos, resultando na não adesão ao tratamento e, consequentemente, a não efetividade da resolução dos problemas relacionados à saúde. Fato esse justificado, em parte, pelo fato dos pacientes atendidos nas ESFs ainda não serem assistidos, rotineiramente, por profissionais farmacêuticos. Contudo, o resultado foi positivo em relação às atividades desenvolvidas, pois os próprios pacientes solicitavam às agentes comunitárias de saúde, novas palestras, com diversos temas de interesse, demonstrando a necessidade da aquisição de novos conhecimentos e, satisfatoriamente entre todos, a significativa criação de vínculo e o despertar de grande carinho e satisfação de todas as partes – ensino/serviço/usuário. O resultado do trabalho desenvolvido em um pequeno grupo e em um curto espaço de tempo, representa a inegável e real necessidade da atuação dos profissionais farmacêuticos, juntamente com os outros profissionais da área da saúde, auxiliando na efetivação da melhora da qualidade de vida e ao integral assistência do usuário do SUS.

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