Introdução: O fisioterapeuta é habilitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, sendo o atendimento domiciliar uma modalidade de atendimento para intervenção fisioterapêutica nas áreas musculoesquelética, neurofuncional e cardiorrespiratória. O atendimento de fisioterapia na rede de atenção básica é essencial para a integralidade biopsicossocial dos moradores de um determinado território. Por isso, os alunos do curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) realizam Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva durante 210 horas na rede de atenção básica. Objetivo: Descrever o perfil dos usuários acompanhados, considerando dados demográficos e das demandas por área de atuação, pelo Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva, do curso de Fisioterapia UNISC, em 2018. Método: O Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva no ano 2018 foi realizado em quatro Estratégias de Saúde da Família (ESF) e um centro dia, destacando que o público alvo deste último local são idosos. Os estagiários realizaram atendimentos individuais (ambulatoriais e domiciliares), bem como desenvolveram grupos de educação em saúde. Foram selecionadas as seguintes variáveis dos atendimentos individuais: sexo (masculino e feminino), faixa etária (crianças, adolescentes, adultos e idosos) e área de atuação da Fisioterapia nos locais de estágio (neurofuncional, musculoesquelética, cardiorrespiratória). Resultados: Foram avaliados 227 usuários, em que aqueles que foram acompanhados durante um período foram reavaliados ao final do semestre Desses, 69% eram mulheres. Quando analisado por faixa etária, 3% eram crianças ou adolescentes, 37% adultos e 60% idosos. As áreas de atuação da fisioterapia tiveram como demanda 12% condições neurofuncionais, 58% musculoesqueléticas e 14% cardiorrespiratórias. Ainda, foi verificado condições associadas, como  neurofuncional e  musculoesquelética (1%) e cardiorrespiratória e musculoesquelética (7%). Conclusão: As demandas encontradas na atenção básica e atendidas pelos estagiários em 2018 foi predominante de mulheres, acima de 60 anos de idade, com disfunções musculoesqueléticas. Através da vivência proporcionada pelos estágios em Saúde Coletiva, os acadêmicos  se aproximaram do cotidiano dos usuários que acompanharam e desenvolveram estratégias de intervenção, considerando as necessidades apresentadas. Desse modo, o estudante, desenvolve habilidades que permitem compreender a complexidade da atenção básica, além de perceber a importância do Fisioterapeuta em todos os níveis de atenção a saúde.