ALEITAMENTO MATERNO COMO PRÁTICA FAVORECEDORA NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL

Pâmela Puchpon Wisniewski, Carla Adriana de Oliveira, Leonen Nepomoceno Limberger, Ingre Paz, Mari Ângela Gaedke

Resumo


O aleitamento materno é o alimento mais indicado para a saúde da criança logo ao nascer, suas vantagens são amplamente reconhecidas por proporcionar uma diminuição no risco de doenças infecciosas e inflamatórias, o benefício do aleitamento ocorre na primeira hora de vida após o parto, auxiliando na redução das taxas de mortalidade e constitui vínculos mãe-filho. O objetivo deste trabalho é compreender quais as vantagens que o leite materno oferece à criança na primeira hora de vida e a associação com a taxa de mortalidade infantil. O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa exploratória causal, realizado na disciplina Enfermagem no Processo de Cuidar – Unidade de Clínica Pediátrica, com varredura na base de dados do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde, sob os descritores: Aleitamento materno; Recém-nascido; Mortalidade infantil. Os resultados evidenciam que inúmeros estudos apresentam o papel protetor do aleitamento sob as mortes infantis, trazendo uma diminuição de 40% na mortalidade das crianças que são amamentadas até o sexto mês de vida. A maior causa de morte infantil é caracterizada por diarreias que correspondem a 66%, problemas respiratórios atingindo 50% e, por último, as infecções com 15%, todos esses eventos podem ser evitáveis e redutíveis pela amamentação, pois através da mãe recebem anticorpos e outros meios que promovem a proteção podendo causar repercussões positivas na vida adulta. Identifica-se que a criança amamentada de forma ideal atinge os processos de desenvolvimento da sucção, estimulando o exercício físico e o crescimento da musculatura de forma harmônica, favorece o aparecimento de hábitos nutritivos desde cedo e ocorre um aumento e fortalecimento da capacidade intelectual do recém-nascido, além de que a prática de amamentar origina maior vínculo da mãe com o filho. Esta ação propicia uma redução nos problemas como a fala e a deglutição, além do seu correto aporte energético que é capaz de defender as crianças contra o sobrepeso no decorrer de toda a infância. Vários são os fatores que têm contribuído para a adesão dessa prática como a assistência dos profissionais prestada à gestante desde o início, o fator idade e, principalmente, quando se refere ao nível de esclarecimento das mães: aquelas que possuem um grau de escolaridade maior passam um período superior amamentando, pois é reflexo do maior acesso a informações. Ao compreender todos esses benefícios encontrados no leite materno e refletir no impacto que isso causa na vida das crianças e no futuro como adultos, implica em formular ações através dos profissionais de saúde que visem à amamentação, desde a primeira hora de vida até, no mínimo, seis meses após o nascimento, fazendo-se assim necessário qualificar os profissionais de saúde para que sejam dadas informações adequadas a respeito do aleitamento materno, incentivando as mães a promoverem a oferta de leite materno aos recém-nascidos, através da conscientização de que se houver um cuidado ao amamentar as crianças, acarretará na redução da mortalidade infantil e, ao mesmo tempo, na proteção futura dessas crianças. 
Palavras-chave: Aleitamento materno; Recém-nascido; Mortalidade infantil

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