A INTERDISCIPLINARIDADE À LUZ DAS DCNS 2015

Vanessa Vian, José Claudio Del Pino

Resumo


 A interdisciplinaridade tem sido apresentada há tempos como metodologia no campo educativo.  No Brasil, o tema é discutido desde 1960. O termo, que não expressa um sentido de entendimento único, visa superar um método de fragmentação do conhecimento. Nesse sentido, se observa que a legislação que orienta a Educação Básica Nacional  também indicam a interdisciplinaridade como metodologia de trabalho.  Partindo da análise documental, este trabalho procura perceber nos marcos legais orientadores do currículo de formação de professores, especialmente as DCN 2015, como são indicadas possibilidades para formação de professores aproximada ao campo da interdisciplinaridade. As Diretrizes para Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação Básica de 2015, foram elaboradas com base no que indica a legislação para a Educação Básica além de Leis com base na formação de professores e PNE (2014-2024). Pelas leis indicadoras da Educação Básica é possível perceber que estas apontam a interdisciplinaridade como um referencial existente na constituição do currículo para a Educação Básica. As práticas no cotidiano, contudo, encontram resistência, muitas vezes justificadas pela falta de entendimento e de abordagem do tema nos processos formativos dos professores. As Diretrizes para Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação Básica de 2015 consideram uma série de aspectos relevantes para a formação inicial e continuada dos professores, dentre elas, que a relação entre Educação, o Ensino e o Conhecimento é basilar.  A relação teoria e prática, trabalho coletivo, formação teórica e interdisciplinar, docência como uma ação educativa e como processo pedagógico, dentre outros aspectos também são evidenciado. Destaca-se a partir das DCNs de 2015, que, ao que se refere às questões do currículo da Educação Básica e do currículo da formação inicial de professores, que são indicadas as proposições integrativas, destacam-se a integração e a interdisciplinaridade. É possível concluir, a partir da análise dos documentos legais, que há  uma preocupação ao que se refere a uma maior aproximação entre o Ensino Superior e a Educação Básica. Para tanto, para que as Diretrizes de 2015 possam ter respaldo e eficácia ao que se refere para uma formação de professores em torno de práticas e pensamentos mais integrados, com ênfase à interdisciplinaridade, é necessário que haja consciência por parte dos cursos de licenciatura, de forma a organizar e acompanhar seus projetos de curso, de maneira a atender àquilo que as DCNs expressam.


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