CONCURSOS PÚBLICOS NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA DOS CONTEÚDOS COBRADOS NA SELEÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NA ÁREA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS.

Camila Kipper Roos, Sergio Celio Klamt

Resumo


A pesquisa realizada durante o primeiro semestre de 2019 desenvolveu-se tendo como base provas objetivas de concursos aplicados a candidatos ao cargo de Professor de Matemática do Ensino Fundamental – Anos Finais. Ela se justifica tendo em vista que a carreira pública é muito procurada por profissionais da área de educação, no entanto, aqueles que optam por ela não tem acesso gratuito a uma lista de conteúdos mais cobrados. Em consequência a esse fato, os candidatos que possuem pouco tempo disponível para estudar podem desperdiçar seu tempo ao dar atenção a conteúdos que não se sabe se há chance de estarem presentes nas provas. Por conta disso, objetivou-se identificar e enumerar a taxa de incidência dos conteúdos exigidos na área de conhecimentos específicos de tal cargo. Para isso, foram analisadas 37 provas e editais, com o auxílio de uma planilha eletrônica, que foram aplicados durante o período de 2008 a 2018 em concursos realizados na Região Central e Metropolitana do Rio Grande do Sul. Obteve-se três situações diferentes. Em primeiro lugar, há conteúdos que obtiveram altas taxas nas provas e nos editais, sendo assim, esses são conteúdos que podem ser estudados antes mesmo do lançamento do edital de abertura de um concurso, pois há grandes chances de eles estarem presentes no edital e serem cobrados na prova objetiva. Esses são: Análise Combinatória (65,63%);  Volume de Figuras Espaciais (56,25%);  Progressão Aritmética (53,13%);  Regra de Três (50%);  Razão e Proporção (50%);  Área de Figuras Planas (46,88%);  Matriz (46,88%);  Probabilidade (46,88%);  Progressão Geométrica (40,63%);  Juros Simples (40,63%);  Estudo dos Quadriláteros (37,5%);  Juros Compostos (37,5%);  Teoria dos Conjuntos (34,38%);  Função do Primeiro Grau (34,38%);  Determinante (34,38%);  Prismas (31,25%);  Área de Figuras Espaciais (31,25%); Sistemas Lineares (31,25%);  Função do Segundo Grau (28,13%);  Teorema de Pitágoras (28,13%);  Reta (28,13%);  Conjunto dos Naturais (25%);  Circunferência (25%). Em segundo lugar, destaca-se que há conteúdos que, caso estejam presentes nos editais, devem ser estudados. Isso se dá devido à taxa de ocorrência entre os editais serem menores, no entanto, verificou-se que havia grande ocorrência destes nas provas, tendo em vista a proporção em que estavam presentes nos editais. Esses, por sua vez, são: Função Inversa e Composta (156,25%); História da Matemática (156,25%); Unidades de Medidas de Ângulos (156,25%);  Unidades de Medidas de Volume (156,25%);  Sistema de Equações de Primeiro e Segundo Grau (58,60%); Expressões Numéricas (46,90%);  Esfera (41,67%);  Gráfico de Funções (39,08%); Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora (39,16%); Cone (36,47%);  Cálculo da Média, Mediana e Moda (33,48%);  Polinômios (31,25%); Equações Exponenciais, Modulares e Logarítmicas (30,39%);  Função Trigonométrica (26,04%). E, em terceiro lugar, há aqueles conteúdos que obtiveram uma frequência nula de ocorrência. Por conta disso, contraindica-se o foco ao estudo destes, que são: Distribuição de Frequência; Função Crescente e Decrescente; Função Modular; Integral; Limite; Polígonos com 5 lados ou mais; Tabelas e Gráficos estatísticos; Teorema de Tales; Trigonometria: Fórmula da adição, arco duplo, arco metade e transformação em produto; Unidades de Medidas de Massa. Com base nos resultados acima, é possível que os candidatos ao cargo de Professor de Matemática otimizem seu tempo de estudo.

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