Diante da realidade educacional do país, que sofre diariamente com cortes profundos em suas verbas, são vistos laboratórios escolares que enfrentam grandes dificuldades para se manterem e darem o devido suporte aos alunos. Esses espaços são importantes pois estabelecem uma ponte de conhecimento mais ampla, que pode vir a ser aulas experimentais, como proposto aos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira: uma aula prática, com materiais alternativos. Tal prática experimental foi desenvolvida com o objetivo de deixar o ensino de física mais acessível, a fim de estimular a curiosidade e criatividade dos estudantes acerca da matéria. Na prática, foram envolvidos 29 alunos do terceiro ano do ensino médio, que trabalharam com foco na área da eletrostática, da física, estudando fenômenos ligados a cargas elétrica que, por conseguinte, acaba sendo uma área com um nível alto de dificuldade. Assim, foi  elaborado um eletroscópio de folhas (que tem como princípio básico identificar se os objetos estão ou não eletricamente carregados). Além dele, foram usados os seguintes materiais: papel alumínio, pote de vidro, tesoura, alicate, uma haste metálica (fio de cobre) e balão. Logo após, os alunos começaram a montar, em conjunto, o eletroscópio; primeiramente, com a ajuda da tesoura, foi feito um furo central na tampa do pote de vidro e, em seguida, com o auxílio de um alicate, um gancho na ponta do fio de arame (J), em que foi colocado uma tira de papel alumínio dobrada ao meio (sem que os lados do papel alumínio se encostassem um no outro) e, então, na outra ponta do arame, que deve estar para fora do pote, saindo da tampa, foi colocado uma bolinha de papel alumínio. Com a montagem completa do eletroscópio, cada aluno ganhou um balão; encheram e esfregaram no cabelo, criando, assim, atrito, para enfim aproximar o balão na bolinha de alumínio e verificar se o balão ficou eletricamente carregado. Ao final da aula experimental, foram propostas questões, com o propósito de avaliar o nível de aproveitamento da aula proposta. Com essa experiência, foi possível perceber a satisfação dos alunos quanto à realização dos experimentos nesta área da física e, consequentemente, o importante aprofundamento dos conhecimentos que foram concretizados. Desse modo, a atividade é possível graças ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – UNISC, financiado pela CAPES (PIBID/UNISC), que oportunizou aos bolsistas uma vivência da rotina escolar e a possibilidade de aplicar práticas alternativas que potencializem o aprendizado dos estudantes.