Atualmente, a motivação para a aprendizagem tem sido um ponto muito discutido e estudado, pois cada vez mais se tem vivenciado alunos desmotivados e desinteressados pelas aulas nas mais diferentes áreas. Com a intenção de suscitar nos alunos de física do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Vera Cruz, o raciocínio utilizado por Arquimedes na antiguidade, para desenvolver alguma forma de descobrir a densidade dos materiais por meio do empuxo, foi realizado um trabalho com reservatórios cheios de água e objetos regulares (cujo volume pode ser medido diretamente) para apresentá-los as relações entre densidade, volume e massa. Esta atividade foi realizada como intervenção de bolsista de iniciação à docência do Programa de Iniciação à Docência – PIBID-UNISC, nas aulas de Física. Após a fixação do conteúdo base, feita em aproximadamente quatro períodos de aula, foi questionado aos alunos como eles poderiam calcular a densidade de diferentes objetos irregulares e medir seus volumes possuindo apenas a informação de suas massas, utilizando balanças para a sua aferição. Por meio de debate, envolvendo uma turma de cerca de vinte alunos, alguns obtiveram êxito em concluir a mesma lógica proposta por Arquimedes e, aos alunos restantes, que não conseguiram, foi sugerido pelos professores que deveriam pesquisar depois da aula como trabalho de casa (com auxílio da internet e livros acessíveis na escola) sobre as atuações do empuxo em diversas experiências, cotidianas ou não, e as utilidades de conhecê-lo e aplicá-lo em eventuais situações que alguns podem vir a presenciar. Na semana seguinte, a maior parte dos alunos havia concluído a linha de pensamento de que para medir o volume dos objetos irregulares, apresentados anteriormente, era necessário utilizar algum líquido e, portanto, medir a variação de seu volume ao mergulhar o objeto nele, convertendo as unidades de medida de um líquido para um sólido e aplicando as relações de que a densidade que foi pedida deveria ser aproximadamente proporcional à massa sobre o volume do objeto. Os procedimentos deveriam constar nos cadernos dos alunos com as anotações de medidas, todas realizadas pelos alunos, que foram necessárias ao longo do trabalho junto com os passos que fizeram. Como forma avaliativa, os alunos deveriam transcrever as suas anotações para uma folha que deveria ser entregue, de maneira que uma pessoa que não tenha o mínimo conhecimento a respeito possa sem problemas realizar os mesmos processos que os alunos realizaram e alcançar as mesmas conclusões. Por fim, como modo de mostrar aos alunos que eles também são capazes de inovar seus métodos e deixá-los cientes de que Arquimedes viveu há muitos séculos e, mesmo sem as tecnologias atuais, foi capaz de desenvolver o método que foi aprimorado com os anos e que se comprova com a história com o rei de Siracusa (localizada na Sicília, Itália) Hieron, protagonista que teve de desenvolver uma forma de descobrir se a coroa do rei era realmente feita somente de ouro, e não como desconfiava de ouro misturado a outros materiais como foi-lhes contada.