CUIDADO OU INFANTILIZAÇÃO? : ASPECTOS ENVOLVIDOS NA SAÚDE MENTAL DOS ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA MENTAL.

Silvia V. Coutinho Areosa, Lucia Jacila Fontoura

Resumo


 

 

Em nossa cultura, atingir a idade adulta significa ser capaz de se manter, assumir responsabilidades sociais e legais e partir para uma vida independente dos pais, formando talvez uma nova família.Se transportarmos essas exigências para a área das deficiências, veremos que, em algumas delas, os elementos não conseguirão atingilos. Isto contribui para que permaneçam em estado de dependência, física ou emocional, dos familiares. E esta dependência, por sua vez, colabora para que esses familiares nunca consigam enxergar nesse indivíduo um adulto. Forma-se um círculo vicioso, difícil de interromper, e sua identidade como pessoa e como ser social pode ficar comprometida. Neste contexto, obtivemos resultados através da pesquisa, que nos possibilitam enxergar claramente como as mães percebem o desenvolvimento dos filhos nos vários aspectos relacionais, físico, afetivos, intelectual, social e emocional dirigindo-se a eles, usando diminutivos e linguagem infantilizada e, de como, esse comportamento pode ser uma situação ameaçadora do equilíbrio psicológico para os alunos. Em nossa cultura, atingir a idade adulta significa ser capaz de se manter, assumir responsabilidades sociais e legais e partir para uma vida independente dos pais, formando talvez uma nova família.Se transportarmos essas exigências para a área das deficiências, veremos que, em algumas delas, os elementos não conseguirão atingilos. Isto contribui para que permaneçam em estado de dependência, física ou emocional, dos familiares. E esta dependência, por sua vez, colabora para que esses familiares nunca consigam enxergar nesse indivíduo um adulto. Forma-se um círculo vicioso, difícil de interromper, e sua identidade como pessoa e como ser social pode ficar comprometida. A compreensão de cuidar de filhos com deficiência mental se faz relevante diante da importância das relações estabelecidas entre mães e filhos para a saúde mental da criança. Esta investigação contou com a realização de um grupo focal, que propõem que as participantes revelem experiências, sentimentos, percepções e preferências a cerca da seguinte questão norteadora: haverá infantilização por parte das mães do portador de deficiência? A entrevista contou com seis mães com filhos com deficiência mental da escola APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Santa Cruz do Sul. Os relatos foram analisados segundo a busca de informações qualitativas estabelecidas em categorias, a partir da análise criteriosa das descrições de vivências dessas mães com filhos com deficiência mental. Foi possível compreender que, para as mães investigadas, há uma dificuldade de perceber o seu filho para além da deficiência, o apego e a infantilização se fazem presentes o tempo todo, dificultando o desenvolvimento psicossocial do filho portador de deficiência.

 


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