ESTADO NUTRICIONAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS DO GÊNERO MASCULINO.

Autores

  • Lucas Limberger Machado UNISC
  • Patricia M. Lopez Monteiro UNISC
  • Emmanuely Nunes Vieira UNISC
  • Eduarda Meili Da Cas UNISC
  • Tiago da Silva Martins UNISC
  • Betina Schneider UNISC
  • Fabiana Assmann Pool UNISC
  • Franscisca Maria Assmann Wichmann UNISC

Resumo

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Na medida em que mais pessoas vivem até a idade avançada, aumenta a prevalência de doenças em que a idade é fator de risco. Assim como é sabido que ser do gênero masculino é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, que se agravam com o envelhecimento. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores de risco relacionados às doenças cardiovasculares e o estado nutricional, em idosos do gênero masculino. Realizou-se um estudo transversal com amostra de conveniência composta por 13 idosos não institucionalizados com idade média de 71,8 ± 78,3 anos. Foram analisadas as variáveis, renda, alimentação, excesso de peso e adiposidade abdominal. Avaliou-se o IMC, circunferência da cintura (CC) e índice de conicidade (IC). Utilizou-se o teste de correlação de Pearson entre IMC e indicadores antropométricos de risco cardiovascular. A amostra estudada apresentou que 54,3% dos homens estavam com excesso de peso de acordo com o IMC, 84,1% tinham risco para DCV por meio da CC e IC, 69% com níveis elevados de glicemia plasmática, 63,1% com níveis de pressão sistólica elevada, 50,8% com níveis de pressão diastólica elevada. Observou-se significância estatística na associação entre IMC e circunferência da cintura aumentada (p=0,02) o que induz, consequentemente, ao aumento de índice de conicidade e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Houve baixo consumo diário de frutas e verduras (69%), cereais integrais (12,2%) e alto consumo de frituras (75%). Do mesmo modo, constatou-se que as práticas alimentares acontecem principalmente em dois momentos (almoço e jantar) com grande volume num espaço de tempo curto. Prevalecem os alimentos embutidos, uso de condimentos e temperos industrializados em detrimento dos alimentos in natura. Baixa ingestão hídrica e alto consumo de chimarrão e/ou café preto. Verificou-se que a maioria possui mais de uma patologia, prevalecendo a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e a dislipidemia. Com relação ao grupo etário, identificou-se menor prevalência somente para o excesso de peso, à medida que a idade avança. Concluiu-se que os idosos do gênero masculino podem ser considerados como um grupo vulnerável para fatores de risco cardiovascular, pois tiveram um número de medidas antropométricas com valores acima do recomendado, bem como prevalência de hipertensão arterial, excesso de peso, adiposidade e hábitos alimentares inadequados. Os idosos necessitam de maior atenção no tocante a medidas para melhoria da qualidade da dieta.

Biografia do Autor

  • Lucas Limberger Machado, UNISC
    UNISC
  • Patricia M. Lopez Monteiro, UNISC
    UNISC
  • Emmanuely Nunes Vieira, UNISC
    UNISC
  • Eduarda Meili Da Cas, UNISC
    UNISC
  • Tiago da Silva Martins, UNISC
    UNISC
  • Betina Schneider, UNISC
    UNISC
  • Fabiana Assmann Pool, UNISC
    UNISC
  • Franscisca Maria Assmann Wichmann, UNISC
    UNISC

Publicado

2017-10-10

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde