Introdução: As precauções padrão são fundamentais para prevenir e controlar infecções nos serviços de saúde, protegendo profissionais e pacientes ao reduzir a transmissão de patógenos. Objetivo: Identificar as situações de risco em que as precauções padrão são aplicadas e as principais medidas adotadas para evitar a disseminação de infecções nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Método: Estudo multicêntrico e transversal conduzido em Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família no Brasil, realizado no período entre maio e junho de 2022. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado online. A análise estatística foi realizada com o uso do software SPSS, aplicando frequências e porcentagens. Resultados: As principais situações em que as precauções padrão são utilizadas incluem contato com pele não íntegra e mucosa (23,2%, n=1.129), risco de contato com sangue (27,9%, n=1.362), contato com secreções/excreções (25,8%, n=1.256) e líquidos corporais (23,2%, n=1.129). As principais medidas adotadas incluem descarte adequado de resíduos (26,2%, n=1.261), priorização de atendimento em casos de risco (17%, n=818), limpeza e desinfecção de superfícies (27,2%, n=1.310) e higienização das mãos (29,6%, n=1.426). Considerações finais: Os dados mostram que o contato com sangue e secreções/excreções são as situações mais comuns para o uso de precauções padrão. A higienização das mãos e a desinfecção de superfícies são as principais medidas preventivas adotadas. Esses resultados destacam a importância contínua de educação e treinamento para garantir a adesão às práticas e promover a segurança no ambiente de saúde.