Introdução: A saúde mental de adolescentes é atravessada por contextos e marcadores sociais diversos que se interseccionam como gênero, sexualidade, raça, classe e localização geográfica. Diante disso, a interconexão entre saúde e educação se faz necessário para promover práticas de cuidado em saúde mental de forma integral e contextualizada. Objetivo: Analisar, à luz da interseccionalidade, as práticas de cuidado em saúde mental a adolescentes escolares produzidas e implementadas na interação com os determinantes sociais da saúde no âmbito da 28ª Região de Saúde (RS). Método: Trata-se de pesquisa-participante, organizada em três eixos, a ser realizada nos 13 municípios que compõem a 28ª RS. No primeiro serão realizadas entrevistas semiestruturadas com representantes regionais das políticas e ações de saúde mental e equidade dos campos da saúde e da educação. No segundo eixo serão disponibilizados questionários online para profissionais da saúde e da educação que estejam envolvidos com a temática. No terceiro eixo, serão realizados grupos focais com adolescentes e seus familiares. Ao longo de toda a pesquisa será elaborado um diário de campo. Os dados serão triangulados e analisados por meio da Produção de Sentidos, tomando como lente de análise o conceito da Interseccionalidade. Resultados Esperados: Espera-se fortalecer a interconexão entre saúde e educação a nível municipal e regional, promovendo maior acesso ao cuidado em saúde mental integral e equânime. Ainda, busca-se ampliar espaços de educação continuada, transformar paradigmas técnicos e incluir o olhar interseccional para os determinantes sociais da saúde, fortalecendo o Sistema Único de Saúde e reduzindo desigualdades.