SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Resumo
Introdução: A espiroqueta Treponema pallidum é a bactéria causadora da sífilis, sendo que quando a sua ocorrência é causada por via transvertical, caracteriza-se como sífilis congênita (SC). A doença pode acometer diversos órgãos, que por sua vez, podem causar deficiências neurológicas e musculoesqueléticas. Objetivo: Analisar a tendência temporal dos óbitos por sífilis congênita em diferentes regiões do Brasil no período de 1996 a 2019. Método: Trata-se de dados preliminares de um estudo ecológico de tendência dos casos de óbito por sífilis congênita no Brasil, no período de 1996 a 2019. Foram utilizados dados obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Posteriormente, os dados brutos foram tabulados em planilha Excel e importados para o software livre Joinpoint Regression Program, versão 5.0.2. Resultados: No período de 1996 a 2019 o Brasil registrou um total de 3013 óbitos por sífilis congênita. O Brasil apresentou um período de decréscimo de casos de óbitos por sífilis congênita entre 1996 a 2008, enquanto entre 2008 a 2015 ocorreu crescimento. A região sudeste foi a região com o maior número de óbitos registrados ao longo do período (n=1314). A região nordeste registrou 938 óbitos, a região norte 325, e a região sul, 296. O centro-oeste registrou o menor número de óbitos no período (n=140). Considerações finais: Os dados reforçam a importância das intervenções de educação em saúde, com objetivo de prevenção e tratamento da sífilis nos diversos públicos, para assim caminhar para o controle e futuramente erradicação da doença.
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.