O LUTO NAS HISTÓRIAS DE VIDA DE SUJEITOS REFUGIADOS RESIDENTES EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
Introdução: O fenômeno das migrações forçadas é uma realidade cada vez mais presente no mundo: sujeitos e famílias inteiras deixando seus países de origem contra a sua vontade devido a conjuntura política, histórica, social e econômica e buscando refúgio em outros países. Objetivo O presente trabalho se apresenta como um recorte do projeto de tese de doutorado em Promoção da Saúde, o qual objetiva analisar como os processos de luto emergem de forma determinante nas histórias de vida e de saúde de refugiados de um município do Vale do Taquari, localizado no estado do Rio Grande do Sul. Método: Como metodologia de pesquisa, serão realizadas entrevistas semiestruturadas com refugiados/pessoas deslocadas à força de seu país, lançando mão da Análise de Discurso (AD) de orientação francesa para análise das narrativas. Resultados: O projeto ainda se encontra em apreciação no CEP UNISC. O luto desses sujeitos migrantes, que assumem o status de refugiado, é chamado de luto migratório, e pode ser incluído na categoria dos lutos não reconhecidos, nos quais o espaço para expressão e validação do sofrimento são restritos ou mesmo inexistente. Considerações finais: Destaca-se que o presente trabalho é inovador ao aliar em um mesmo tema a problemática dos lutos não reconhecidos e a forma como aparecem nas narrativas de vida dos sujeitos refugiados no interior do RS. Ou seja, a pesquisa traz visibilidade às questões de promoção de saúde mental, luto e políticas públicas de atenção, proteção e de garantia de direitos dos refugiados no estado e no país.
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