ANÁLISE DE REMUNERAÇÃO MÉDICA PARA VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO DE PAGAMENTO EFETIVO, BASEADO NO VALOR EM SAÚDE
Resumo
Introdução: Dentre os modelos de remuneração médica destaca-se o free for service (FFS), capitação, salário fixo, pagamento por performance (P4P), cuidados de saúde baseados em valor (VBHC) e o misto, em que há uma junção de um ou mais modelos. O setor de saúde suplementar brasileiro baseia-se no FFS, que estimula a competição por clientes e a realização de procedimentos em excesso. Objetivo: Analisar as formas de remuneração médica na saúde suplementar e sua relação com a qualidade dos serviços oferecidos. Método: Estudo exploratório-descritivo, qualiquantitativo, de método pesquisa-ação, envolvendo médicos generalistas com atuação no sistema suplementar e gestores de operadoras de planos de saúde ou de serviços privados do Brasil. Resultados: Dos 149 entrevistados, 90 (60,4%) eram homens e 59 (39,6%) mulheres, com idade entre 27 e 73 anos. Predominaram participantes da região Sudeste do Brasil (n=61; 40,9%), seguida pela região Sul (n=59;39,6%). Dos voluntários, 95 (63,8%) responderam como médicos generalistas e 54 (36,2%) como gestores. Com relação aos modelos de remuneração, destacaram-se o FFS e o misto (n=48; 32,2% cada), seguidos pelo salário fixo (n=29;19,5%), P4P (n=10;6,7%), capitação (n= 5;3, 4%) e VBHC (n=1;0,7%); 08 (5,4%) informaram outro modelo. Enquanto 130 (87,2%) entrevistados acreditam que a remuneração médica influencia na qualidade dos serviços, apenas 32 (21,5%) afirmaram que sua forma de pagamento incentiva a qualidade do seu atendimento. Considerações finais: A validação da estratégia de VBHC mostra-se eficaz ao garantir mais segurança ao paciente, maior acesso aos sistemas de saúde e entrega de assistência de qualidade a um menor custo para as organizações.
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