O MOVIMENTO PENDULAR E DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS DIÁRIOS PARA CHAPECÓ/SC NO CONTEXTO DE NOVAS FORMAS DE URBANIZAÇÃO

Claudio Machado Maia, Ana Laura Vianna Villela, Rosa Salete Alba, Simone Ostrowski

Resumo


Este artigo apresenta um trabalho empírico sobre a problemática da expansão metropolitana do caso Chapecó/SC, formas de expansão e conseqüências em áreas próximas. Quanto a migração pendular regional, a análise teórica parte do conceito de Redes Geográficas e articulações territoriais. Da coleta de dados de informações concedidas por um dos frigoríficos, de empresas que transportam funcionários e do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Carnes e Derivados foi identificado e mapeado a origem dos principais fluxos para Chapecó, analisando movimentos de pendularidades (fluxos de pessoas), movimentação entre lugar de moradia e de trabalho/estudo/tratamento de saúde, entre cidade pólo e sua área de influência em 26 municípios. O recorte deslocamentos diários da população para o trabalho nos frigoríficos, dado o processo de formação espacial do núcleo urbano de Chapecó foi marcado pelo seu potencial agroindustrial. A migração pendular aponta a oferta de trabalho não especializado que os frigoríficos oferecem e que Chapecó não consegue atender e, uma dinâmica que mostra as fragilidades das outras cidades de origem da população, as quais não possuem suficiente oferta de empregos, obrigando a população ao deslocamento diário. Uma nova divisão territorial do trabalho quando parte dos municípios próximos apresentam articulação funcional, fornecendo matéria prima e mão de obra, funções influenciadas pela lógica que constitui atualmente os processos de urbanização em curso no Brasil, influenciadas e articuladas pelo grande capital. Finalizando, sugere-se que Chapecó diversificou a economia para além do setor agroindustrial, mas tal setor ainda exerce uma grande influência, não apenas local, mas também regional.


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ISSN 2447-4622