PRODUTOS COM TIPICIDADE TERRITORIAL, INDICAÇÃO GEOGRÁFICA E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL: o potencial de experiências consolidadas inspirarem a trajetória de realidades assemelhadas

Autores

  • Valdir Roque Dallabrida Universidade do Contestado.
  • Marcelo Augustín Champredonde Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária, Argentina.
  • Jairo Marchesan Universidade do Contestado.

Resumo

O selo Indicação Geográfica (IG) é o estatuto conferido a um produto de determinado território que apresente uma qualidade específica, ou seja, especificidade territorial. Alguns territórios se distinguem por terem engendrado historicamente processos de especificação ou diferenciação de recursos territoriais. Outros permanecem, principalmente, fornecedores de produtos na forma de commodities aos complexos agroindustriais. Para o primeiro caso, o exemplo mencionado é o do Salame de Colonia Caroya, na Argentina, exemplo de especificação ou diferenciação de recursos territoriais, diferentemente da região do Meio-Oeste Catarinense, reconhecida pela produção e industrialização de produtos cárneos suínos. O objetivo do estudo do qual resulta este texto foi fazer a caracterização e avaliar o potencial de experiências consolidadas de IG inspirarem a trajetória de realidades assemelhadas. Espera-se contribuir no debate sobre a importância da especificidade e tipicidade territorial, como condição para se constituir experiências de IG e suas implicações de ordem teórica e prática. Metodologicamente, o texto resulta de estudos documentais, visitas de observação aos lugares referidos e entrevistas com atores envolvidos em tais experiências. Conclui-se que a experiência de Colonia Caroya, considerados seus aspectos positivos, pode inspirar processos de organização territorial, como o caso do Meio-Oeste Catarinense e a partir dos desafios históricos e atuais, apontar limites, possibilidades e contradições de processos com esta natureza.

Biografia do Autor

  • Valdir Roque Dallabrida, Universidade do Contestado.
    Geógrafo, mestre e doutor em Desenvolvimento Regional pela UNISC, com atuação no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (Santa Catarina - Brasil).
  • Marcelo Augustín Champredonde, Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária, Argentina.
    Engenheiro Agrônomo, doutor em Estudos Rurais, com atuação no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), Buenos Aires. Argentina.
  • Jairo Marchesan, Universidade do Contestado.
    Geógrafo, doutor em Geografia, com atuação no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (Santa Catarina - Brasil).

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Publicado

2017-10-10

Edição

Seção

VIII SIDR - Eixo 4 - Redes de Cooperação, Arranjos Produtivos e Desenvolvimento Regional