IMPACTOS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO DAS PRINCIPAIS AGROINDUSTRIAS DOMÉSTICAS DE SOJA NO CENTRO-OESTE
Resumo
O Centro-Oeste brasileiro é a região que melhor resume o esforço de inserção comercial do país e a forma como as modernas atividades modificaram o território, ainda mais aceleradamente quando passam a ser comandadas por grandes empresas globais produzindo para os mercados internacionais, adaptando-o às suas necessidades de acumulação. No prazo de uma década, viu redefinida sua inserção na geografia econômica (interna e externa) pela substituição de antigas atividades baseadas em subsistência e na economia natural por modernas produções do agronegócio internacionalizado. Por se tratarem de verdadeiros vazios até a década de 1980, pelo menos do ponto de vista da infraestrutura necessária à agricultura capitalista que passaria a ser praticada nessas regiões, os capitais que aportaram no Centro-Oeste precisaram diversificar suas atividades a fim de estruturar toda uma gama de serviços de apoio exigidos pela atividade núcleo, inclusive no que se refere a serviços públicos básicos. Ao assumir tais funções, ampliou-se o poder econômico e a influência política desses capitais sobre esses territórios, favorecendo seu acesso à fundos públicos e sua capacidade de ditar o sentido e a dinâmica de uso e ocupação do solo, de forma que se torna possível relacionar a trajetória espacial dessas localidades ao processo histórico de construção desses grandes grupos empresariais. Por esse conjunto de razões, esse trabalho propôs-se a realizar de um estudo de caso das trajetórias de crescimento das principais companhias do agronegócio no norte do Centro-Oeste, os grupos Amaggi e Fiagril, em suas respectivas áreas de influência.
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