O FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR DE BASE AGROECOLÓGICA COMO VETOR DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL: O CASO DA COOPFAM NO MUNICÍPIO DE POÇO FUNDO – MG

Nathan Pereira Dourado

Resumo


A insustentabilidade da agricultura denominada de moderna e o paradigma da alta produtividade a qualquer custo, se traduz em degradação ambiental, baixo emprego de mão de obra, desigualdade social e redução das áreas destinadas à produção de alimentos. A discussão a respeito de um outro modelo de agricultura é urgente e a agroecologia surge como paradigma científico, que fornece bases conceituais e metodológicas para o redesenho de sistemas produtivos sustentáveis. Somado a isso ocorre a constante busca pela reprodução social e independência dos agricultores familiares camponeses, frente a subordinação às cadeias agroindustriais. O objetivo desse trabalho foi analisar como a agricultura de base agroecológica pode contribuir para geração de um novo modo de organização e de produção agrícola em um determinado território, proporcionando um maior dinamismo econômico. O pano de fundo desta pesquisa foram os cafeicultores familiares cooperados da COOPFAM (Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região), localizado no município de Poço Fundo-MG. Do ponto de vista metodológico a analise se apoia sobre um estudo de caso de caráter exploratório. Conclui-se, que o desenvolvimento do setor orgânico e comércio justo é considerado uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento econômico da agricultura familiar camponesa. E o cooperativismo, a organização social e assistência técnica especializada abre novas possibilidades para viabilizar a consolidação de territórios agroecológicos de vida, construídos socialmente, como uma estratégia efetiva de reprodução social da agricultura familiar camponesa.


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ISSN 2447-4622