A CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA AGROALIMENTAR BRASILEIRO A PARTIR DAS AÇÕES DO ESTADO

Jairo Alfredo Genz Bolter, Jaqueline Mallmann Haas

Resumo


O presente artigo tem como objetivo analisar três momentos distintos do processo de desenvolvimento instituído no Brasil, e o impacto desses na composição atual do sistema agroalimentar brasileiro. Para tanto, parte de uma análise temporal e institucional, a qual permite perceber que após os anos 1960, tivemos três grandes momentos no que tange aos processos instituídos no meio rural brasileiro. Inicialmente nos anos 1960, as ações e as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado fortaleceram um processo de modernização da agricultura, via institucionalização e fortalecimento das cadeias longas de produção, com foco no produtivismo. Em um segundo momento, percebe-se uma busca de autonomia por parte considerável de produtores, os quais não conseguiram seguir a premissa posta pelo modelo anterior, vindo assim a instituir um processo de desenvolvimento pós-produtivista, o qual focou-se na valorização das questões ambientais e agroindustriais. Por fim, as políticas de inclusão social criadas no início do século XXI desencadearam no meio rural um processo de valorização das pequenas unidades de produção, em especial via os mercados institucionais. Os três momentos destacados, se configuraram a luz das ações do próprio Estado, ou seja, sob bênção das políticas públicas instituídas no período e sob o devido entendimento. Por fim, cabe ressaltar que as questões relacionadas com o sistema agroalimentar permearão as ações do Estado e foram significativas nos distintos períodos. Inicialmente a preocupação se dava em torno do produtivismo, num sistema econômico/produtivo e mais adiante, os quesitos, qualidade e sustentabilidade passam a compor as definições e as decisões do processo.

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ISSN 2447-4622