A produção de carne bovina tem sido associada constantemente a problemas ambientais. No bioma Pampa, tradicional área de produção de bovinos na América do Sul, isto não tem sido diferente. Como consequência um conjunto de pressões têm surgido sobre os países produtores, suas empresas e produtores rurais. Considerando esta problemática, este artigo tem por objetivo descrever as pressões ambientais que estão sendo exercidas sobre as organizações dos campos organizacionais da carne bovina inseridas no bioma Pampa no Brasil. Para atender a este objetivo, foram realizadas entrevistas aos atores de diferentes elos que integram este campo organizacional. No Brasil, pressões coercitivas, associadas as leis e disposições obrigatórias com o tema ambiental estão presentes, com a Lei n° 12.651 de 12 de maio de 2012, regulando a atividade agropecuária através dos conceitos de reserva legal e área de preservação permanente, dita lei inclui a necessidade de um registro ambiental rural que apoia o processo de regularização ambiental das propriedades. Outra lei refere-se ao Bem estar Animal, a atual Constituição Federal de 1988, art. 225, dá à autoridade pública a competência para proteger a fauna e a flora, proibindo práticas que submetam os animais a crueldade. Em relação às pressões normativas aparece a preocupação das organizações de pesquisa com o tema ambiental, como, por exemplo, na Embrapa que pesquisa um sistema de produção mais adaptado ao bioma Pampa e que seja economicamente e ambientalmente viável. Pressões cognitivas não foram observadas.