AS DIFICULDADES DO PLANEJAMENTO REGIONAL FRENTE Á METROPOLIZAÇÃO DO ESPAÇO.

Kelly Roberta Ferracini, Sara Rebello Tavares

Resumo


O artigo faz uma reflexão acerca dos limites do planejamento regional frente a dois movimentos anacrônicos e conjugados. O primeiro remete-se ao surgimento de novas configurações espaciais que transcendem a dimensão da cidade e região, tradicionalmente conhecidas. A busca por um possível modelo de governança metropolitana que contribua de fato para o debate acerca das possibilidades reais de gestão dessas áreas que estão passando por um processo de “metropolização” sempre ficam aquém das necessidades. O segundo, diz respeito, ao movimento de cunho municipalista que norteou a reforma estatal na Constituição brasileira em 1988. O enfraquecimento das escalas intermediárias (nacional e regional) vem acompanhado da valorização institucional local que têm seus maiores adeptos agentes hegemônicos que entendem as cidades como a escala de maior importância no capitalismo globalizado. Sobre um pano de fundo da reestruturação econômica e globalização, enquanto a recente organização do espaço brasileiro vinha redesenhando tendências aglomerativas na dimensão urbano-regional, o exercício do planejamento e da gestão territorial foram sendo descentralizadas para a escala local, culminando na prática do planejamento estratégico que produz a cidade competitiva.

Palavras chaves: Globalização. Metropolização Espacial. Planejamento Regional.



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ISSN 2447-4622