As mudanças verificadas no regime de acumulação capitalista mundial, que alterou a dinâmica do modelo de acumulação fordista para o modelo de acumulação flexível, em paralelo promoveu a substituição dos governos autoritários por formas mais democráticas e descentralizadas do Estado. Com isso, a sociedade civil passou a ser valorizada e a democratização do Estado resultou em novas formas de participação da sociedade, permitindo às organizações sociais maior poder político e retomando o sentido de território enquanto espaço de práticas sociais e da riqueza da convivência dos atores. Porém, não significou que todas as escalas tivessem as mesmas oportunidades frente ao processo de globalização. Inicialmente, frente ao enfraquecimento do Estado e flexibilização econômica, foram privilegiadas as escalas global e local. Em momento posterior, essas duas escalas passaram a ser fortemente criticadas, e o Estado volta a ser valorizado como elemento ordenador e articulador do desenvolvimento regional. A partir desses aspectos contextuais, passam a ser identificadas quatro escalas estratégicas para compreensão e análise das políticas de desenvolvimento regional: a global, a nacional, a estadual e a regional ou sub-regional. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi elucidar como se manifesta e se (re) produz nas múltiplas, a ciência, tecnologia e inovação (C,T&I), considerando  como recorte empírico, o processo de implantação do Parque Científico e Tecnológico - TECNOURI-MISSÔES, como estratégia para o desenvolvimento regional/territorial missioneiro.