No decorrer da colonização das terras amazônicas nas décadas 60 e 70, o setor florestal se constituia de uma atividade econômica importantíssima para o desenvolvimento regional em vários lugares na Amazônia. No entanto, o setor madeireiro era extrativo e nunca tinha um projeto para longo prazo. Nos arredores dos polos madeireiros decorriam uma transformação sucessiva. Ao longo do tempo as áreas desmatadas foram usadas para agropecuária. Nos ultimos anos, especialmente nas margens do bioma amazônico, o agronegócio avançou rapidamente. O ciclo de desmatamento, em conjunto com o ciclo de transformação econômica provocou uma migração dos madeireiros para novos polos que surgem em áreas mais interioranas do bioma amazônico. Uma outra migração acontece entre os setores econômicos. É observável que muitos atores do setor florestal agora mexem com agronegócio. Além disso, medidas mais rigorosas contra a exploração de madeira ilegal tal como novas formas de fiscalização ambiental tinham forte influência para o setor florestal na Amazônia. Um exemplo típico para essas transformações no setor florestal é a cidade de Sinop no Estado de Mato Grosso que é o segundo maior polo madeireiro na Amazônia (atrás Paragominas/PA). Com base num estudo empírico sobre esse polo (coleta de dados no ano 2014), examino as transformações do setor florestal em Sinop sob uma perspectiva dos conceitos de transformação socioambiental e de governança ambiental e abordo também a queståo da possibilidade de contribuição do setor florestal para um desenvolvimento sustentável regional na Amazônia.