As marcas de natureza territorial carregam percepções acerca do território. Os atores sociais que as produzem se valem das identidades (territorial e cultural) e das representações contidas no território como matéria-prima para criar essas marcas. Além disso, permitem certa fluidez no discurso dos atores sociais. À vista deste contexto, indaga-se: de que forma as representações, as identidades e as relações de poder próprias do território estão inseridas em uma marca tomada como produto cultural no âmbito do Desenvolvimento Regional? O objetivo deste texto está centrado na compreensão sobre o uso de particularidades culturais do território numa marca territorial. O trabalho está ancorado nos estudos culturais e nos estudos urbanos, tendo o Circuito de Cultura de Du Gay (1997) como protocolo analítico. A pesquisa se justifica no aprofundamento da dimensão cultural no âmbito do Desenvolvimento Regional por intermédio da temática das marcas territoriais. Os resultados apontam para a articulação de representações, identidades e relações de poder na marca territorial, tomando-a como construção social e simbólica dos atores sociais e como artefato cultural.