Temos que desde a Revolução Industrial o desenvolvimento econômico está baseado na utilização dos recursos naturais e dos recursos não renováveis, causando impactos socioambientais e consequentemente a perda da biodiversidade. Diante dessa problemática, houve um aumento nos debates sobre a necessidade da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade ambiental como garantia da própria perpetuação e preservação do ser humano.  A proposta deste trabalho está centrada na problemática da construção e afirmação de identidades baseadas no movimento ecologista/ambiental e na legislação ambiental brasileira, tendo como base a preocupação ambiental da sociedade contemporânea, configurando a agricultura familiar como protagonistas na busca pela sustentabilidade. Para isso, foram pesquisados os agricultores familiares dos municípios de Santa Rosa e Novo Machado, Rio Grande do Sul, tendo como escolha das propriedades aquelas que se encontravam com as áreas de preservação permanentes (APP’s) fiscalizadas e de acordo com a legislação ambiental, a fim de verificar a construção de identidades ambientais pelos agricultores. Como resultados obtidos, podemos aferir que é possível a construção de uma identidade ambiental a partir da existência das APP’s, entretanto, apenas a existência e a cobrança da lei não são suficientes para assegurar uma mudança de percepção ou formação de identidade ambiental. Nesse sentido, para que a identidade seja construída é necessário que a aplicação da legislação seja acompanhada por uma educação ambiental e o acesso às informações, o que possibilita aos indivíduos uma visão crítica de suas ações, permitindo a mudança de percepção e consequentemente o alcance da sustentabilidade.