O presente artigo tem como objetivo investigar experiências culturais comunitárias considerando sua dimensão econômica a partir da perspectiva da economia solidária, sistematizar o debate sobre economia da cultura e sua relação com a perspectiva da economia solidária e do desenvolvimento sustentável. Para isto, apresentaremos um breve histórico da política pública Cultura Viva - Pontos de Cultura e a aproximação com a economia solidária, seguindo a concepção que norteou as políticas propostas pelo Ministério da Cultura de valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável. Assim partindo do crescente reconhecimento da cultura em sua dimensão econômica identificamos possibilidades de novas problemáticas na análise sobre o fenômeno cultural. E com a recente busca de articulação entre cultura e economia solidária, um dos questionamentos possível diz respeito à maneira como a cultura se organiza coletivamente. Assim a investigação proposta objetiva responder as seguintes questões: como se organizam economicamente os grupos, comunidades e coletivos culturais para viabilizar a geração de bens e serviços que sustentam as pessoas envolvidas? Quais as características organizativas que possibilitam a aproximação desta economia da cultura com a economia solidária? As reflexões deste artigo fazem parte de um estudo preliminar de caráter exploratório que subsidia uma investigação mais profunda sobre o tema.