A atual crise ambiental global enfrentada pela sociedade tem trazido diferentes questionamentos sobre o real papel da economia perante essa crise. Durante a evolução do pensamento econômico pouco ou nada se abordava sobre a importância do equilíbrio ambiental. A visão neoclássica da economia ocasionou grandes alterações nos padrões econômicos, sociais e ambientais mundiais e alguns desses padrões permaneceram e foram racionalizados, fundamentando o sistema econômico predominante. Assim, o sistema produtivo extrativista permanece sendo apresentado, de forma intrínseca, durante a formação dos economistas, sendo motivado pela racionalidade econômica. Mas, para que se modifique um padrão econômico é necessário que se modifique a racionalidade de quem está à frente do sistema. Analisando essas questões, percebeu-se que os economistas tendem a ter um papel de extrema importância na modificação de padrões já estabelecidos. Por isso, o objetivo principal deste artigo foi o de identificar se há e qual é a principal visão ambiental apresentada nos cursos de graduação em ciências econômicas das Instituições de Ensino Superior (IES) no estado do Rio Grande do Sul, para, assim, analisar se a transição da racionalidade econômica para uma racionalidade ambiental é possível. Verificou-se ao final da pesquisa que a atual formação dos economistas ainda não contempla esta orientação, permanecendo nos moldes da uma racionalidade econômica neoclássica.