O presente artigo tem como objetivo trazer algumas discussões conceituais para pensar o território a partir da Nova Era, um fenômeno religioso/espiritual que tem ganhado notoriedade nas últimas décadas, no contexto global, similar a outros fenômenos que surgem na contemporaneidade. A primeira impressão é de que não nos cabe trabalhar com o conceito de território quando temos em vista a qualidade, em certa medida, efêmera, mutável e inconstante deste movimento espiritual. De fato, um dos questionamentos que ocorreram nesta pesquisa foi o de como utilizar o conceito de território para um fenômeno que é desterritorializado por natureza? A pesquisa apontou que o uso do termo território ainda causa estranheza para algumas áreas disciplinares. Portanto, o artigo apresenta uma aproximação mais genérica ao uso do termo território e explora algumas definições importantes que orbitam na sua abordagem simbólico-significativa. Finalmente, utilizando-se de um olhar ao fenômeno Nova Era, entendemos que é possível utilizar o território enquanto sustentáculo teórico nesta temática uma vez que não se destitui um território na medida em que se movimenta dentro dele próprio, dentro dos limites de sua “definição”; se movimenta dentro da Nova Era, no interior de suas vastas possibilidades. Logo, o território não se destrói no trânsito ou pouso transitório dos indivíduos durante suas buscas espirituais porque ele ainda permanece orientado e constituído por um contexto funcional Nova Era. As tessituras apresentadas são problematizações ainda preliminares que surgiram no percurso da busca de sustentáculos para o problema da tese de doutorado em Desenvolvimento Regional.