O objetivo deste trabalho é refletir sobre a cidade enquanto espaço e ator estratégico de circulação e reprodução do capital, debruçando sobre as discussões acerca da cidade, interações espaciais, desenvolvimento regional e os novos papeis e funções a ela incumbidas como medida estratégica na globalização. Far-se-á uso de uma metodologia de cunho bibliográfico. A ideia é tecer reflexões sobre o papel insustentável do caos urbano que se dissemina há décadas e que pratica o desuso social da cidade a serviço do capitalismo contemporâneo. Conclui-se, portanto, que o planejamento estratégico prepara a cidade para o capital que toma caminhos perversos e destrutivos, os quais prejudicam a sociedade. Dessa forma, as cidades competem, exaurem suas reservas buscando atrair o máximo possível de capital externo e/ou privado, saindo de uma forma passiva de objeto e assumindo a forma ativa de sujeito, auferindo uma nova identidade: uma empresa. Pensando para o Brasil, essa realidade é recorrente, materializada, sobretudo pela guerra fiscal. Nesse sentido, faz-se uma análise crítica norteada para uma necessária atuação do Governo em criar projetos que deem à devida atenção à desigualdade social e regional latente que há muito traz graves prejuízos ao país, privilegiando políticas públicas de caráter nacional, ou seja, buscar uma Política Nacional de Planejamento Regional adequada que priorize as camadas menos privilegiadas social e economicamente.