Este artigo destina-se a discutir sobre o uso do território, delimitação da pobreza e geopolítica de ajuda humanitária no Haiti. Parte-se de uma premissa de que a pobreza está perpetuando no território haitiano por causa de uma baixa renda, no qual, justifica-se a manter a pobreza como critério central na organização internacional, na medida em que as necessidades básicas não são supridas pelo mercado. Por este fato, há uma tentativa de formular a questão social representada pela pobreza e sua evolução ao longo dos séculos, onde vários organismos como ONGs e a própria ONU, estabelecidos no Haiti, contribuem para combater a pobreza por meio de ajuda humanitária, assim como em outros países subdesenvolvidos. No período globalizado, a pobreza se impõe como processo econômico, acarretado pela divisão de trabalho interno a cada formação socioespacial de determinado espaço geográfico, onde a globalização se torna cada vez mais relevante nas relações econômicas enquanto o consumo se impõe como um dado importante para a compreensão da pobreza, constituindo o centro da explicação das diferenças e da percepção da situação no território haitiano.