PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E JUVENTUDE DO CAMPO: um estudo a partir dos egressos do Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural e da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo/RS.

Adair Pozzebon, Jovani Augusto Puntel

Resumo


O Brasil, desde sua origem adotou um modelo de desenvolvimento rural que privou a distribuição da renda e promoveu o uso indevido do território. O processo de evolução tecnológica e modernização da agricultura em busca da produtividade modificaram os processos produtivos, comportamentos, a vida social e o uso do território. Este artigo busca refletir sobre diversos aspectos do desenvolvimento rural, em especial, sobre a trajetória de 206 jovens rurais da Região do Vale do Rio Pardo - egressos do Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (Cedejor) e da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC). Esses jovens oriundos da Agricultura Familiar buscam essas instituições de formação para se qualificar e fortalecer a Agricultura Familiar e comunidade, tendo em vista subsistir no campo através de meios de produção menos agressivos a natureza e a sociedade. Os argumentos apresentados neste artigo têm por base pesquisa documental, aplicação de questionário semiestruturado e pesquisa de campo realizada junto aos jovens que concluíram o processo formativo entre os anos de 2004 a 2012. Os resultados indicam que este processo de formação está colocado como o principal meio para discutir, refletir e organizar possibilidades concretas de inserção socioprofissional dos jovens rurais, contribuindo significativamente para fortalecer o seu vínculo identitário com o meio onde vivem e ampliando a percepção das oportunidades de diversificação e geração de renda, contrapondo-se ao modelo tecnicista. No entanto, identifica-se a necessidade de se criar e fortalecer ações pós-formação de modo a potencializar as iniciativas de inserção socioprofissional desses jovens.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2447-4622