VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UMA ANÁLISE DESCRITIVA DE SANTA CATARINA ENTRE 2015 A 2019
Resumo
A violência é reconhecida como um problema social e com inúmeras consequências à saúde pública, representando diversas violações de direitos humanos fundamentais e um importante preditor de desenvolvimento regional. O objetivo do presente artigo é analisar o perfil das fichas de notificações (n = 61961) de violência interpessoal/autoprovocada, no período de 2015 a 2019, no estado de Santa Catarina. O método utilizado foi um estudo ecológico exploratório descritivo, conduzido com dados secundários do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN), de acordo com as variáveis de municípios, gênero, raça/cor, escolaridade, faixa etária, forma de agressão e vínculo com o agressor. O estudo demonstra a evolução dos números de notificações durante os cinco anos em Santa Catarina. Em relação ao ano de 2019, o número absoluto de notificações feitas por homens foi de 4.871, enquanto, por mulheres, o número chegou a 11.330, ou seja, 132,6% maior se comparados os gêneros. Percebe-se que violências de forma física, corporal, envenenamento, com objeto perfurocortante ou objeto contundente variam em torno de 60% a 70% do número total de notificações das mulheres. Já casos de violência psicológica, ameaça, estupro e assédio sexual chegam a acontecer para além dos 80%. O efeito regional e temporal permitiu entender melhor o padrão de violência em um território ao longo do tempo. Assim, ao identificar regiões/municípios com maior risco, é possível concentrar esforços melhor direcionados, soando alerta para as intervenções necessárias.
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