A implantação de portos tem influenciado significativamente o desenvolvimento de algumas regiões do Brasil. Porém, este “desenvolvimento” é um fator que pode trazer impactos positivos e negativos. Um desses problemas está, justamente, na ampliação da oferta e demanda do serviço de transporte de contêineres. A quantidade de contêineres movimentada diariamente requer além de planejamento logístico, espaço adequado para acomodações. Este artigo tem por objetivo geral analisar os impactos socioambientais no município de Itajaí (SC), decorrentes da crescente deposição de contêineres. Os objetivos específicos são: (i) descrever os fatores físico-naturais, antrópicos e socioeconômico do município de Itajaí, que corroboram para a caracterização do problema e ii) analisar os impactos socioambientais causados pelos depósitos de contêineres e seus reflexos para qualidade de vida da população. A metodologia da pesquisa se caracteriza por qualitativa, descritiva e explicativa, realizada a partir de três etapas: (a) pesquisa documental em fontes secundárias; (b) cruzamento dos mapas temáticos ambientais com dados sociais e de uso do solo e; (c) levantamento de dados primários sobre qualidade ambiental no contexto social por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resultados sugerem que esta atividade está causando a degradação dos recursos hídricos, do lençol freático, da paisagem urbana e do conforto acústico. Combinado a essas problemáticas, registra-se o excessivo fluxo de caminhões que interfere na mobilidade urbana do município. Além disso, uma parte dos contêineres pode estar localizado em armazéns impróprios ou em desacordo com o zoneamento municipal.