DO CONTEXTO SÓCIO-ESPACIAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ARAGUATINS/TOCANTINS À QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Resumo
Neste artigo, tematizamos a perspectiva de que o desenvolvimento regional e sua promoção, em suas variadas escalas, exige-se uma abordagem do espaço como construção. Inscritos, nessa perspectiva, enfocamos as especificidades da formação do espaço em Araguatins/Tocantins, um dos municípios que integra a região denominada de Bico do Papagaio, tendo como chave de leitura que o contexto sócio-espacial das escolas públicas de Araguatins deixa entrever a relação material e imaterial, sempre contraditória, entre ruralidades e urbanidades nesse município. Na esteira das teorizações de Lefèbvre (2019), em articulação com outros teóricos, estamos interessados no modo como diferentes atores sociais integram a produção desse espaço a partir de nuanças específicas e dependentes: espaço concebido, percebido e vivido. Nesse caso, não perdemos de vista o lugar que a escola assume aí na condição de equipamento urbano-rural, acentuando, por exemplo, as potencialidades e os desafios para o desenvolvimento regional. Para levarmos a bom termo o propósito deste artigo, produzimos mapas temáticos sobre a localização das escolas públicas de Araguatins, subdividindo-as em: zona rural e zona urbana. No jogo entre as categorias de espaço lefebvriana, as análises foram produzidas abordando as contradições aí passíveis de serem materializadas, tendo como ponto de aplicação o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), notadamente a dimensão “educação”. O método histórico possibilitou-nos mobilizar dados oficiais, de modo problematizar o lugar da escola como equipamento urbano-rural. As análises mostram que esse equipamento faz trabalhar sistemas produtivos para o desenvolvimento regional de Araguatins/TO, produzindo outras ruralidades e outras urbanidades em torno das escolas.
Palavras-chave: Desenvolvimento Regional. Território. Indicadores. Educação.
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