Este artigo versa sobre o processo inicial de colonização de Pato Branco, cidade situada no Sudoeste do Paraná, a partir dos primeiros ciclos econômicos estabelecidos entre as décadas de 1920 e 1960, para retratar a relação entre práticas sociais que oportunizaram o desenvolvimento local, considerando o trabalho das mulheres migrantes-pioneiras nesse contexto sócio-histórico. Para tanto, o presente estudo ancora-se em teorias do desenvolvimento, que aqui dialogam com estudos feministas, bem como com a perspectiva decolonial, para demonstrar que tais fases econômicas, vislumbradas pela lógica desenvolvimentista preconizada pelo Estado, resultaram, sobretudo, do movimento migratório. A problematização aqui mobilizada volta-se, portanto, ao trabalho que as mulheres exerceram na dinâmica doméstica e familiar diante de invisibilidades oriundas da colonialidade.