As Indicações Geográficas (IGs) são vetores importantes na diferenciação de produtos e serviços, tornando-os mais competitivos diante do mercado interno e externo. Além disso, podem trazer desenvolvimento para os territórios, tanto na parte econômica quanto em setores voltados para a educação e saúde. Dessa forma, este estudo teve como objetivo verificar se os munícipios da Região Nordeste do Brasil que possuem IGs tiveram crescimento nos índices de desenvolvimento após a concessão das IGs. Para o levantamento das IGs foram utilizados os mapas das indicações geográficas do Brasil, lançado anualmente desde 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Posteriormente, para obter informações mais específicas das IGs, foi realizado o acesso ao portal DATASEBRAE. O indicador de desenvolvimento utilizado neste estudo foi o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), o qual considera as dimensões saúde, educação, emprego e renda como vetores para o desenvolvimento municipal. Isto posto, verificou-se que as IGs englobam 24 estados do Brasil, sendo que, das Unidades da Federação da Região Nordeste, apenas o Maranhão não possui nenhuma IG. Variáveis como a crise econômica de 2014 podem impactar negativamente o desenvolvimento de municípios. Nesse contexto, apenas três municípios analisados neste estudo tiveram aumento do IFDM nos anos de 2014 e/ou 2015, período ápice da crise econômica no Brasil. Contudo, os resultados evidenciaram que nos anos posteriores às concessões das IGs, e, quando não houve crise na economia, viu-se evolução tanto na dimensão Emprego e Renda quanto no IFDM consolidado.