O presente ensaio tem como objetivo identificar o papel das organizações como fator gerador do capital social e de desenvolvimento organizacional sob a ótica do desenvolvimento regional. Observou-se em uma visão crítica que o desenvolvimento organizacional ainda é pautado em um contexto histórico de uma sociedade capitalista e industrial (unidimensional). Argumenta-se que, o papel das organizações como agentes sociais, representa uma contraposição a visão fragmentada da empresa baseada na competitividade apenas para ganhos de escala e participação mercadológica, estabelecendo novas possibilidades para impulsionar o desenvolvimento regional. Os resultados da discussão proposta neste ensaio, evidenciam que o capital social em suma para Coleman (1994), Putnam (1996) e Bourdieu (1998), é o produto das relações sociais que ocorre em diferentes grupos, ele precisa ser baseado na confiança mútua e na capacidade dos indivíduos, por meio de redes duráveis de relações, cooperarem entre si em razão do bem-estar coletivo. Já o desenvolvimento organizacional, precisa acontecer de forma multidimensional desassociado dos modelos padronizados de organizações delimitadas apenas às suas atribuições de acumulação rígida de capital, que tem como foco principal valores como eficiência, controle e resultado, mas muito mais pautadas pelas suas repercussões sociais para o desenvolvimento (FONTOURA; TENÓRIO, 2020; FONTOURA, 2019; CEPAL 2014). Por fim, conclui-se que o papel das organizações como fator gerador do capital social e de desenvolvimento organizacional sob a ótica do desenvolvimento regional, é fortalecer as relações entre os indivíduos que compõe um determinado território e a autonomia dos atores sociais da região, na senda por um processo de desenvolvimento organizacional mais territorializado.