A racionalidade das estratégias de prevenção ao suicídio: Observações a partir do Estado do Rio Grande do Sul – Brasil
Resumo
Este trabalho propõe uma reflexão crítica sobre a racionalidade hegemônica das políticas de prevenção ao suicídio criadas no Estado do Rio Grande do Sul e sua relação com o campo do Desenvolvimento Regional. Analisa-se, empiricamente, as interlocuções entre as políticas públicas de saúde mental e o tratamento de fatores de risco para o suicídio, a partir de uma abordagem interdisciplinar, ligada às práticas de promoção da qualidade de vida. Utiliza-se, para isso, um estudo ecológico do fenômeno a partir da análise dos dados epidemiológicos sobre suicídio e análise crítica dos principais eventos ligados ao tema na Esfera Pública do território. Considera-se que a razão prática do tema promove a lógica clínica e individual de tratamento de sujeitos com ideação suicida. Entende-se que estas abordagens criam barreiras ao trabalho interdisciplinar e fortalecem estigmas relacionados ao fenômeno. Conclui-se que o campo científico do Desenvolvimento Regional tende a contribuir com o aperfeiçoamento de práticas interdisciplinares na prevenção ao suicídio, por considerar os territórios como agentes promotores de soluções aos problemas públicos.
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