Este artigo busca explicar o crescimento e desenvolvimento econômico da região do Contestado em Santa Catarina, com foco nas exportações inter-regionais e internacionais. A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica sobre teorias de desenvolvimento e sobre a região em análise, além da análise de dados secundários sobre o desempenho econômico da região. A teoria canadense Staple foi utilizada como base para compreender como as dotações regionais de recursos naturais influenciaram as demandas autônomas e a dependência das exportações, bem como seus efeitos na economia. O setor madeireiro e a produção de proteínas animais são os principais produtos dessa economia regional. O crescimento econômico do estado se concentra em polos e com intensidades diferentes e Santa Catarina possui um corredor de pobreza atravessando o estado no qual se encontram muitos municípios da Região do Contestado. Conclui-se que o comércio inter-regional é tão importante quanto o internacional. Em 2018, 39% produzidos pela indústria de transformação do setor de madeira, móveis e papel foram demandados por outros estados brasileiros e 18,4% foram exportados. O setor agropecuário possui elevada integração entre com a indústria de alimentos catarinense, sendo que em 2018, 46% da produção foi utilizada pela indústria de alimentos catarinense para processar novos produtos, 16,8% foram exportados para outros estados brasileiros e 6,7% exportados para fora do Brasil.