Partindo-se dos pressupostos de que não existe receita exclusiva para o desenvolvimento e de que os recortes regionais são produzidos com objetivos pré-definidos, este artigo discute um problema real, evidenciado pela existência de uma multiplicidade de recortes regionais sobre uma mesma parcela do espaço geográfico, ao passo em que se idealiza estruturar um Observatório Regional para reconhecimento, sistematização, análises, monitoramento e difusão de características territoriais. Nesse contexto, discute-se a problemática, revisitando os conceitos de região e regionalização e os desafios da construção de um projeto político de desenvolvimento, lançando para discussão alguns aspectos relevantes para se pensar a delimitação do recorte regional inicial mais apropriado com vistas a construção de sinergias importantes ao desenvolvimento regional. Considera-se, nesse contexto, a necessidade de uma delimitação regional que expresse uma região com consistência à realidade territorial, não se tratando de encontrar o recorte já produzido mais conveniente, com estética e recortes mais favoráveis a um ou outro motivo, mas, sim de construir o próprio recorte regional, embasado em procedimentos teórico-metodológicos selecionados e apropriados aos objetivos que se tem, capazes de oportunizar um conhecimento sistemático do território, inclusive, com chances de potencializar a circulação e recirculação de informações, gerando sinergias para a construção de um projeto mais amplo de desenvolvimento regional.