A América Latina manifesta a partir dos anos 2010 o advento de experiências de Jornalismo Independente, um modelo de jornalismo inovador nos aspectos editoriais, de gestão e de financiamento. O modelo que confronta o jornalismo tradicional, oferecendo enquadramentos da realidade distintos cobertura tradicional e questiona o financiamento publicitário da imprensa. O fenômeno não é exclusivo do subcontinente, no entanto nele carrega particularidades decorrentes de sua constituição nesta região e em seus muitos territórios, expondo os limites do processo de desenvolvimento latino-americano. Este trabalho parte de uma investigação concluída em 2021 a respeito da forma cultural do jornalismo independente latino-americano, na qual foram examinadas oito experiências jornalísticas distribuídas no subcontinente. Neste texto, o estudo é ampliado para um aspecto não esgotado na referida pesquisa: as ações de apoio técnico e de financiamento do jornalismo independente, capitaneadas tanto por organizações nativas da América Latina, como por organizações exógenas com ação global. O artigo problematiza estas ações na dinâmica do jornalismo independente, tomando como categorias teóricas os conceitos de verticalidade e horizontalidade de Milton Santos (2014).