MANAUS E SEUS “IGARAPÉS DE PLÁSTICO”: DE ELEMENTOS NATURAIS À OBSTÁCULO PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO
Resumo
A preocupação com a sustentabilidade e com o impacto gerado pela atividade socioeconômica e suas implicações sobre o meio ambiente teve início no século passado constituindo hoje um desafio humanitário. A história de Manaus se entrelaça à própria história de ocupação de seus igarapés. No final do século XIX e início do XX os igarapés foram objeto de disputa entre a elite sofisticada que almejava uma cidade moderna e civilizada versus a população carente que utilizava-os para tomar banho, lavar roupas e demais atividades cotidianas. Hoje os igarapés de Manaus são tapetes de garrafas PET. Para tanto, objetivamos discutir o impacto causado pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos nos igarapés de Manaus à luz dos ODS’s. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e explicativa, com fontes secundárias, método observacional e análise de conteúdo. Acerca dos impactos gerados pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos nos igarapés de Manaus além de comprometerem a saúde da população, geram elevados custos às cofres municipais e impactam na mortandade dos igarapés que cortam a capital visto que suas nascentes estão soterradas pelo lixo ou assoriadas. Apesar das ações diárias realizadas pela SEMULSP pouco se tem avançado. A solução seria a conscientização e a mudança de postura da sociedade ao despejar resíduos sólidos nos igarapés bem como uma destinação correta destes o que contribuiria para a geração de emprego e renda verde, redução do impacto ambiental e melhoria das condições de saúde da população que reside às margens dos igarapés.
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