ANÁLISE DO PLANO DE AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO (ABC): RESULTADOS E PERSPECTIVAS
Resumo
Durante a 15ª Conferência das Partes (COP-15), o Brasil se comprometeu em reduzir entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) projetadas para 2020. O setor agropecuário ficou com a responsabilidade de contribuir com 22,5 % da meta. Como ferramenta para auxiliar no cumprimento das metas, foi elaborado o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC) com vigência de 2010-2020. O objetivo deste artigo foi mostrar, a partir da análise da literatura sobre o Plano ABC 2010-2020, o cumprimento das metas estabelecidas no plano, e os principais gargalos para que o Brasil possa cumprir com o novo compromisso assumido em relação à redução de GEE na agropecuária até 2030. As metas estabelecidas no ABC foram: expansão de 35,5 milhões de hectares com uso de tecnologias de baixo carbono e mitigação de 135 milhões de t CO2 eq. Constatou-se que essas metas foram superadas e a expansão na adoção das tecnologias atingiu 154% da meta e a mitigação de CO2 eq. atingiu 113%. Dentre as tecnologias, a recuperação de pastagens e o tratamento de dejetos animais se apresentam como os principais gargalos para atingimento da meta. Com a elaboração de novas metas para 2030 para o setor agropecuário, torna-se necessário adotar medidas efetivas que ampliem a adoção das tecnologias preconizadas para a ABC, de produtores rurais
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