USO DAS REDES SOCIAIS PARA CONSTRUÇÃO DE MERCADOS ALIMENTARES DIGITAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR: OS CASOS DA BIONATUR E FEIRA VIRTUAL BEM DA TERRA

Cristiane Tavares Feijó, Marcio Gazolla, Patrícia Martins da Silva, Irajá Ferreira Antunes

Resumo


O presente artigo propõe analisar as dinâmicas dos mercados digitais adotadas, bem como as inovações sociotécnicas e os desafios da comercialização, no contexto de dois casos de comercialização digital de alimentos e produtos agroecológicos e orgânicos. Tais organizações sociais de agricultores familiares, compreendem a BioNatur Sementes Agroecológicas e Feira Virtual Bem da Terra, localizados no sul do Rio Grande do Sul, que têm em comum a oferta de alimentos e produtos agroecológicos nos perfis do Facebook e Instagram. Como metodologia, fez-se uso da etnografia virtual e observação participante, em concomitância com o software Iramuteq, para fins de análise dos textos produzidos pelos atores sociais pesquisados. Como resultado, destaca-se que, uma das dinâmicas digitais das iniciativas estudas, têm sido a adoção da comunicação e informação com seus consumidores, por meio do Instagram. Em virtude desta adesão, as inovações sociotécnicas são traduzidas, por meio da produção de imagens e vídeos sobre os sistemas agroalimentares dos associados, promovendo ampla interação com os consumidores. Contudo, um dos desafios, tem sido a falta ou a precária construção de conteúdos que justifiquem a descontinuidade de certos alimentos e produtos. Conclui-se que a falta de políticas públicas voltadas para atender as necessidades técnicas e tecnológicas da agricultura familiar, também pode ser um fator negativo, para o enraizamento dos mercados digitais da agricultura familiar.

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ISSN 2447-4622