Comer de maneira saudável com pouco custo, tem sido um debate atual para alcançar um dos Objetivos do Desenvolvimento sustentável (ODS), o de fome zero, salienta-se que o tema é complexo e envolve debates sistêmicos e multidimensionais. Assim, este artigo busca articular uma discussão reflexiva sobre a relação entre acesso ao alimento saudável e o seu custo. É um trabalho de natureza básica, com apoio metodológico a revisão bibliográfica a partir de dados secundários. O manuscrito está dividido em três seções: 1) Apresentação; 2) Fundamentação breve do guia alimentar brasileiro e se estamos conseguindo alcançar tais sugestões e 3) Uma reflexão sobre a indagação: comer saudável é caro? Para complementar, tem-se algumas considerações e reflexões finais. Dados de relatórios de instituições internacionais e nacionais apontam alta de preços intensos, especialmente, após a pandemia global. Um destaque para carne bovina, embora o Brasil seja um dos maiores produtores mundiais. Os resultados apontaram que muitas variáveis circundam o tema, como as ações tributárias, marketing das grandes indústrias de alimentos ultraprocessados, distribuição de renda, educação alimentar, conscientização sobre o mercado local, crises globais, bem como características individuais/coletivas de uma determinada cultura. Diante disso, tem-se que pensar em alternativas locais para amenizar a insegurança alimentar e nutricional, como a compra de alimentos da agricultura familiar, feiras livres, alimentos agroecológicos, educação sobre plantas alimentícias não convencionais, políticas públicas, entre outros. O artigo não induz a uma resposta sobre a problemática, mas sim, uma reflexão sobre questões tangenciais.